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Lives perdem força: artistas voltam com audiência menor e indicam que pico da onda passou
Principais lives da última semana foram menos vistas que as transmissões anteriores dos mesmos artistas. Buscas também caem, mas ainda são bem maiores que antes da quarentena.
O fenômeno das lives continua, mas em patamar menor do que há um mês. As principais transmissões do último final de semana tiveram menos audiência que as anteriores dos mesmos artistas. As buscas por lives também caíram.
A “segunda rodada” perdeu da primeira. Gusttavo Lima, Simone & Simaria e Maiara & Maraisa foram destaques entre as lives de 23 a 25 de maio. Mas as quatro tiveram menos audiência no YouTube do que as que eles fizeram antes, em abril.
Fonte: YouTube e assessoria dos artistas — Foto: G1
As buscas no Google por essas quatro lives diminuíram em relação às anteriores. Também caiu o índice geral de busca pelo termo “live” no Brasil.
O patamar baixou, mas ainda está bem acima de antes do período de isolamento social. Os dados indicam uma onda menor, mas que não terminou.
O número não é o total de buscas, mas um índice comparativo, em que 100 é o máximo atingido em 19 de abril — Foto: Fonte: Google Trends
Já os picos de busca por Gusttavo Lima são nas datas da segunda live dele, em 11 de abril, e desta mais recente, no dia 22 de maio (menor do que a anterior).
O número não é o total de buscas, mas um índice comparativo — Foto: Fonte: Google Trends
Simone e Simaria fizeram uma live no dia 25 de abril e em 23 de maio. Também se nota a mesma queda no número de buscas na data desta mais recente em relação à de abril.
O número não é o total de buscas, mas um índice comparativo — Foto: Fonte: Google Trends
‘Saturação’ nos patrocínios
Nos bastidores, também se comenta sobre uma “satruração” das novas rodadas de lives, que atraem menos patrocínios do que as primeiras.
“Algumas já começaram a dar uma saturada. Às vezes o artista está na terceira live. O cara patrocinou as três, aí cai na redundância uma hora, e a galera vai tirando o pé”, disse ao G1 um produtor do mercado sertanejo, que pediu para não ser identificado.
De qualquer forma, os valores ainda são significativos, mesmo que haja menos anunciantes. O produtor diz que às vezes só o valor pago por uma marca já é o mesmo que o artista cobraria por um show “físico”.
“Dependendo do artista, entra o valor de um show em uma marca. O artista às vezes ativa três, quatro, cinco marcas em uma live”, ele diz.
Ou seja: mesmo se onda for menor, ainda é relevante e ainda vale a pena para os artistas.
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