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DJ Bhaskar fala sobre comparações com o irmão gêmeo, Alok: ‘Já foi mais difícil’

Prestes a se apresentar no Lollapalooza 2019, o artista também fala sobre seu mais novo desafio: ser pai. 'Me deixa mais inspirado e mais dedicado. A responsabilidade é maior'

Alok é uma unanimidade no cenário eletrônico brasileiro: em termos de nome, agenda e popularidade, pode ser considerado um dos maiores DJs do Brasil. Só que o goianiense está longe de ser o único na família a seguir no comando das picapes: filho dos DJs Swarup e Ekanta – criadores do festival Universo Paralello – o autor de hits como “Hear Me Now” tem um irmão gêmeo na mesma profissão: o DJ Bhaskar.

Jovem promessa, ele segue no mesmo caminho: turnês internacionais, apresentações lotadas e críticas positivas. As semelhanças, no entanto, se encerram no sobrenome Petrillo e na data de aniversário. O mais novo, nascido um minuto depois, busca imprimir um estilo mais raiz no cenário eletrônico.

“Já foi mais difícil. Nem tanto em relação às comparações, mas de me colocarem como o irmão do Alok. No começo da carreira, era assim que as pessoas falavam de mim. Só que já estou há três anos com esse projeto como Bhaskar, então já ficou muito clara a identidade de cada um e essa associação é bem menor”, explica.

“Hoje em dia, as pessoas conseguem notar bem as diferenças entre nós dois, então rola menos comparação. São estilos tão diferentes que não dá para falar: ‘ah, esse é melhor que esse’.”

“Está bem nítido o caminho que cada um está seguindo: o Alok está indo para um lado bem mais pop e mais comercial, e eu ainda estou nichado na música eletrônica.”

A comparação, no entanto, não incomoda o artista, que tem no irmão grande fonte de inspiração. “Somos melhores amigos. Temos uma intimidade por sermos gêmeos que é de outro mundo, é muito legal”, afirma. “Por mais que nos vejamos pouco hoje em dia, cada um na sua correria, quando a gente se encontra, é superlegal. Somos muito parceiros”, continua.

A relação também é forte no âmbito profissional. “A gente se ajuda em todos os aspectos. Principalmente na questão de dar opinião ou feedback sobre as músicas que um ou o outro está fazendo porque – querendo ou não – é mais fácil de falar a verdade por sermos irmãos”, complementa.

“Esse ano, com certeza, vai sair mais coisa com o Alok. A gente já está planejando e buscando as ideias certas. Provavelmente, até o final do ano, vou lançar meu primeiro álbum.”

“Estou querendo sempre equilibrar: lançar algumas coisas mais eletrônicas para as gravadoras internacionais e umas coisas mais pop para o mercado brasileiro mesmo”, explica.

 

Prestes a se apresentar no Lollapalooza, Bhaskar está contando os dias para subir ao palco do festival. “Estou ansioso porque é uma responsabilidade muito grande. Estou preparando um set que nunca fiz antes, com participações especiais e coisas que vão me fazer sair da zona de conforto”, afirma.

A relação com a música vem desde a infância. Aos 12 anos, Bhaskar e Alok faziam os próprios remixes e já seguiam os passos dos pais. Inicialmente, a discotecagem era uma brincadeira. “Estávamos de férias depois do Universo Paralello, eles montaram os equipamentos e fomos brincar. Acabamos tomando gosto pela coisa. Ficamos praticando uns três ou quatro meses até a primeira festa acontecer e, depois disso, vimos que realmente gostávamos, então passamos a nos dedicar mesmo. Com 16 anos, já tínhamos isso como profissão fixa, tocando todo fim de semana”, relembra ele, que hoje está com 27 anos.

“Ter meus pais como DJs foi benéfico e, ao mesmo tempo, um desafio. Ajudou a abrir muitas portas, mas também fez com que nós nos desafiássemos.”

Em breve, Bhaskar terá mais um desafio: será papai de primeira viagem. Sua esposa, Carol Cola, está grávida de sete meses de um menino, que se chamará Gaian. “Estou amarradão, superempolgado, não paro de pensar nisso. O fato de estar me preparando para ser pai me deixa mais inspirado e mais dedicado porque, agora, tem um filho vindo aí, então a responsabilidade é maior. Com certeza acaba influenciando nas minhas inspirações para músicas”, afirma.

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